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quarta-feira, 18 de junho de 2008

E agora?


Como se já não bastasse o dia-a-dia complicado para todos os cidadãos cariocas, seja do “Morro” ou do “Asfalto”, que tem que lidar com a “selva” urbana, com assaltos, tiroteios, seqüestros, tráfico de drogas, armas e influência entre outros, com as milícias, com os subornos e o nosso jeitinho brasileiro, agora vemos que o nosso exército não é tão diferente.

Obviamente é certo dizer que o episódio ocorrido essa semana é lamentável, não somente para a instituição militar como um todo, pois a credibilidade da população foi abalada, da mesma forma que ocorre com a nossa polícia militar e civil. Como podemos nos “sentir” protegidos? Pois a segurança pública assim como nacional está na mão dessas instituições que são os aparelhos de repressão do estado como um todo. São essas instituições que tem dever institucional e constitucional garantir tranqüilidade à todos nós sem discriminação, como reza no art. 5º da constituição, pois lá consta que todos somos iguais! Porém que igualdade é essa que há tempos beneficia uma pequena, bem pequena parcela da população? Se analisarmos, mesmo que de forma superficial, veremos que o material empregado em nossas forças policiai e militar é o mesmo, MATERIAL HUMANO, e como tal, sujeito a falhas, no caso falhas gravíssimas.

O Exercito possui um dos mais rígidos códigos de conduta, assim como uma mentalidade arcaica, que devem ser revistos e modernizados as atuais conjunturas, evoluir e transformar, ou transformar e evoluir. Grande parte do corpo formado pelas forças tem sua origem nas comunidades e áreas de riscos, convivem muito de perto com uma realidade que está muito distante do ideal. As razões pelas quais o oficial tomou a infame decisão de entregar os três jovens a traficantes de uma comunidade rival serão conhecidas em tempo.

O que realmente me preocupa é que isso só leva a outra realidade de caos e insegurança, pois se um Oficial do Exercito Brasileiro falha dessa maneira logo só podemos concluir que a falha de suas ações, resulta na falha da instituição que o formou! A pergunta é quantos tenentes Vinicius existem pelo Brasil? Quantos abusos ainda teremos que sofrer para que algo seja realmente feita para garantir nossa segurança? Não adianta mais ficarmos especulando sobre o assunto, pois o fato já ocorreu, temos é que tomar medidas junto aos nossos representantes no congresso nacional para que isso não seja mais uma realidade, infelizmente a nossa realidade.